Zona Portuária é um espectáculo no qual, graças à voz aveludada do narrador e à magia da palavra, se manifestam na cena dúzias de personagens: Ismael o negro, o filho de Parga, o carabineiro, o senhor Meio-Mundo, a senhora Carme a Carreirana, José o protestante, Carminha a penteadora, o senhor Arestim, o porteiro do cinema Elma, Del Rio Rodriguez, o senhor Franco, Deus o mecânico, o do bar Santa Eugénia, António o do Nordeste, Ventim o taxista, etc.
Quico Cadaval não interpreta todas estas personagens prodigiosas, e ainda bem. Simplesmente, lembra-as.
Ismael, o Negro é uma história que se passa nos anos 70 na zona portuária de uma pequena vila piscatória das rias baixas da Galiza. Trata-se de um exercício de memória que se manifesta num palco, sem dor nem saudosismo, com o mesmo sorriso que exibem no circo os contorcionistas. Mas aqui os únicos músculos que se contorcem são as lembranças de Quico Cadaval.
O texto será proferido em galego-português ou português de contrabando, ou em galego que quer ser português sem deixar de ser galego. Enfim, uma coisa muito mais simples do que parece.
Quico Cadaval
QUICO CADAVAL
Quico Cadaval, actor, encenador e dramaturgo galego, tem participado em diversos festivais de contadores de histórias tanto na Europa como na América Latina. Tem integrado igualmente projectos escolares de narração de histórias na Galiza e em instituições penitenciárias espanholas e portuguesas. Como conferencista e contador de histórias participou em eventos nas universidades de Trier, Varsóvia, Cracóvia, Salamanca, Berlim, Paris e Lisboa, bem como no pólo da Fundação Gulbenkian de Paris.
Para além da sua actividade como actor e encenador, Quico Cadaval publicou as seguintes obras de teatro: Um Códice Clandestino, O Rouxinol da Bretanha, A Caza do snark, Se o Velho Sinbad Volvesse às Ilhas e O Ano do Cometa (as duas últimas a partir do romance homónimo de Álvaro Cunqueiro).
22h00 Domingo 9
Língua galego | português
Duração 1h10
BILHETEIRA